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Ansiedade

22/07/2023

ANSIEDADE

Parte 1 – Do ponto de vista da Psicanálise.

Sabemos ou já ouvimos falar que existem diversas causas que sozinhas ou combinadas podem gerar ansiedade e que seus sintomas podem inclusive ser físicos e emocionais. Inclusive que vários podem ser os motivos que nos geram ansiedade, dentre eles: uma grande mudança, tomada de decisões, oscilação ou mudança dos nossos recursos financeiros/emocionais/sociais, entre outros.

O que ocorre é que ficamos ansiosos quando os níveis persistentes de angústia e sofrimento se manifestam constantemente em nossa vida causando uma reação fisiológica do organismo.

Neste texto vou falar sobre ansiedade do ponto de vista psicanalítico. É fato que sendo junguiana poderia estar escrevendo sobre a ansiedade através desta perspectiva, porém muito dos conhecimentos adquiridos por Jung veio através de Freud e antes de abordar os aspectos da psicologia junguiana quero falar aqui da perspectiva Freudiana.

Torna-se importante relembrarmos inicialmente o funcionamento do Id, Ego e Superego.

Para Freud o Id está integrado na totalidade dos impulsos instintivos, tendo conexão íntima com o biológico, sendo reservatório da libido e dos instintos, guardados no profundo do nosso inconsciente. O Id é uma estrutura egoísta, primitiva, insistente e amoral que busca satisfação instantânea seguindo o princípio do prazer.

Já o Ego é a estrutura que se conecta à realidade e administra os desejos do Id que modificado pelas pulsões internas e estímulos externos tenta organizar uma síntese atual representando a razão e permitindo uma adaptação ativa ao mundo presente, detectando perigos reais e psicológicos que ameaçam nossa integridade. O Ego também determina como, onde e quando serão satisfeitos os desejos impulsivos e libidinosos do id.

A função do Superego é manter a mente sadia, integrando e controlando Id e Ego, sendo o componente moral da personalidade.

Veremos agora que Freud dividiu a ansiedade em três categoria: Realista, Moral e Neurótica:

Ansiedade realista – consiste em medos reais do mundo exterior, surge como reação a um fato específico, objetivo e, sobretudo, real. Estes medos podem estar associados ao medo do fogo, furacão, chuva, etc. Eles podem aparecer dentro de nós sem uma razão específica e em qualquer momento. Com isso vamos tentar fugir daquilo que nos faz mal e/ou nos agride, tentando preservar nossa integridade física e sobrevivência.  

Ansiedade neurótica – basicamente é o medo de que os instintos escapem ao controle; reagimos a fatos, pensamentos e ideias que só são reais em nossa mente, mas que não existem fora dela no externo. Diante deste medo, desenvolvemos reações defensivas de nervosismo, necessidade de fuga, descontrole.

Ansiedade moralista – como o nome sugere, é o medo do Superego em ferir seu próprio código moral, caracterizado pelo sentimento de vergonha ou culpa, por querer atender aos desejos do Id. Para entendê-la, vou relatar alguns exemplos: O filho que, em um determinado momento, acha que decepcionou seus pais por não ter se transformado naquilo que eles queriam ou a pessoa que não se sente capaz de alcançar os objetivos da empresa.

Resumidamente cabe esclarecer que a ansiedade surge como resultado inevitável do ego diante de uma pressão grande que tem como função adverti-lo que está sendo ameaçado. O Ego tem a função de adiar a satisfação imediata exigida pelo id, agir sobre o meio para aliviar as tensões do id, e ainda confrontar-se com as regras e a moralidade do superego.

Desta forma, a ansiedade surge como resultado de todas essas forças. Se referindo a uma crise interna no momento que somos atingidos por fatores da realidade que nos causa descontrole e angústia.

É de extrema importância entendermos a ansiedade dentro de seus vários aspectos, sendo que para isso o contexto terapêutico irá ajudar o paciente a lidar com sua percepção de ansiedade, tornando seus pensamentos mais condizentes com a realidade.

Diante deste texto, você consegue identificar em qual categoria se encaixa? Ansiedade realista, neurótica ou Moralista?

Aguarde, pois nos próximos artigos irei abordar os vários aspectos que permeiam a ansiedade.

 

texto: Ψ Psicóloga Regina Celia de Paula CRP 06/75491. Formação: graduada em Psicologia pela Universidade Cruzeiro do Sul e Especialista em Clínica Junguiana e Dependência Química pela Uninove.

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